Olá pessoal, estou de volta com mais uma entrevista; dessa vez é com a Pamela Nascimento sobre o seu mais novo livro Madame Poison. Vem ler!
Mais
Histórias: Pra
começar eu nunca li um livro de época, e acho que se deve bastante ao fato que
eles vêm sumindo aos poucos. Por que você decidiu, ou como aconteceu, que o seu
livro fosse um romance de época?
Pamela
Nascimento: Eu
sempre fui o tipo de pessoa que ficava me perguntando se não nasci na época
errado, porquê eu nutro uma fascinação veemente por romances de época como:
Jane Eyre, Orgulho e Preconceito, Reparação e afins. E eu amo pesquisar e saber
sobre coisas novas, aprender sobre assuntos que eu tenho fascinação. Fora que
eu nunca li um romance de época com piratas femininas e ainda com temática
lésbica. Então entrei na onda de: se quer algo, faça.
MH: Como surgiu a ideia para o seu
livro?
PN:
Foi num desafio de um grupo que eu
participo e o tema era “Cenários”. O meu caiu no cenário “navio” e eu elaborei
um conto de um capítulo terrivél que mais tarde decidi rever, pois não sou uma
escritora adepta a contos, coisas curtas. Eu sempre busco expandir, como se
minhas idéias não cabessem e nem devessem se limitar a somente aquilo.
MH: Eu achei muito legal o fato de
você explicar algumas palavras e contar curiosidades no fim dos capítulos. Por
que decidiu fazer isso?
PN: Eu adoro desvendar os “porquês”
das coisas, tenho uma curiosidade aflorada.
Fiz algo que eu gostaria que tivesse
na histórias de outros autores se abordassem o mesmo tema. Adoro curiosidades.
MH: Eu gostei bastante da linguagem
que você utiliza durante a narração do livro, algo bastante comum de livros
antigos, clássicos. Você se baseia em algum livro especifico para ajudar na
escrita?
PN: Sim, lógico. Eu adoro a linguagem
dinâmica e ao mesmo tempo refinada, detalhista das irmãs Brönte, da Jane Austen
e do Ian McEwan.
MH: Você utiliza esse tipo de escrita
em tudo o que escreve, ou somente nesse trabalho em especifico?
PN: Não em tudo. Tento me adptar a
cada gênero, pois se eu estivesse escrevendo ficção adolescente ou adult young,
eu teria que ser mais simplista, mesmo que ainda continuasse com a utilização
de palavras mais difícies e detalhamento de cena. Isso, infelizmente, é algo
que não consigo evitar.
MH: No inicio do primeiro capítulo
você narra a cena em que a personagem Ruby está sendo sequestrada, o que fez eu
me sentir dentro da história no lugar dela por causa dos detalhes que você
colocou. Quando está escrevendo você também se imagina na história?
PN: Sim, claro. Eu tento buscar
sentimentos realistas as cenas, e nada melhor do que me por nela, para me
auxilar, me ajudar.
MH: Como os personagens surgiram para
você? Todos eles simplesmente apareceram com a ideia da história, ou você
precisou criar alguns como forma de preencher as lacunas?
PN:
Eles surgiram junto com toda a
história. Junto com todo o mundo. Eu só precisei me aprofundar na cerne deles
para conseguir transmiti-los como eram, sua essência, para o papel.
MH: Fale um pouco sobre as personagens
principais do seu livro, a Ruby e a Víper.
PN:Nossa, vamos lá. A Ruby sempre achou
que tinha controle sobre sua vida, plena em seu próprio mundo estavél e
utópico, tentando se descobrir mais fazendo isso de maneira errada. Se
afastando dos problemas, mas assim que ela se ver numa situação que foge do seu
controle, com a vida nas mãos de outra pessoa, sendo usada como moeda de troca,
ela tenta se estabilizar, mas acaba saindo da redoma de vidro numa auto
descoberta dolorosa e abrupta. Já a Víper, ela sempre soube quem era, soube do
que gostava, o que tinha, mas quando ela tem tudo isso tirado de si - seu
navio, sua honra, seu controle pessoal com a chegada de Ruby-, a pirata acaba
descobrindo outros aspectos de si que jamais sabia que existiam também. É uma
jornada dupla, individual, mais que de alguma maneira completam o destino uma
da outra.
MH: Pelos temas presentes na história é
de se imaginar que você é uma amante da Mitologia Grega, isso é verdade? Se
sim, como começou?
PN:
É verdade, e não só da grega. Sou
amante de tudo que envolve misticismo, lendas e afins. E eu não sei bem como começou,
acho que essas coisas nascem com a gente, sabe? Tipo uma característica física,
como uma pinta num lugar particular ou uma paixão intríseca por mitologia.
MH: O gênero do seu livro é o mesmo
gênero que você gosta e costuma ler?
PN:
Sim, sou ávida com aventura,
fantasia, mágia, mais leio outras coisas de boa. Basta ser bem construida e
despertar meu interesse.
MH: Madame Poison será um livro único
ou você pretende criar continuações ou Spin-offs?
PN:
Eu ainda não sei, a Víper que dita a
próxima aventura. Mas quando eu chegar a 1k, vai rolar um spin off com as
aventuras amorosas da Víbora, onde inclue sereias e ninfas do mar. Ela já
autorizou.
MH: Deixe um recado para os leitores de
Madame Poison, e também para aqueles que passaram a conhecer o seu livro com
essa entrevista e ainda não o leram.
PN:
Para os meus leitores, ainda mais os fixos, eu
agradeço do fundo da minha alma por vocês existirem, pois sem vocês eu jamais
poderia mandar a mensagem de representatividade, protagonismo feminino e outras
que busco dá ao escrever cada capítulo de Madame Poison, exclusivamente para
vocês. Obrigada. E aqueles que ainda não leram, espero que MP seja algo que
marque vocês não pelo valor da minha escrita ou pela minha capacidade de
descrição, mais sim por vocês repensarem a complexidade e o poder que a
construção de uma história inteira tem na vida de uma escritora ou de um leitor
quando essas mensagens são transmitidas. Gratidão.Confira aqui a Sinopse de Madame Poison e o link para a leitura do livro:
"Quando o Duque Chermont se mete em negócios ilícitos com audaciosos piratas, sua filha do meio, Ruby Chermont, é raptada e se vê a bordo do navio mais rápido dos mares e diante da capitã pirata mais venonosa, I.I. Vaux, mais conhecida como La Víbora, ou somente Víper. Porém a peçonhenta capitã esconde um segredo, ou melhor, uma maldição, pois não como antes pode se aventurar no mar aberto, já que a deusa Éris, a Discórdia, seduzida pela mortal teve seu coração partido e agora revindica o coração daquele o qual ousa a se apaixonar pela serpente."
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