Denis tinha a
estranha mania de pedir, “socorro”;
essa tinha sido a primeira palavra que ele havia aprendido, mas agora ele tinha
onze anos e por mais que sua mãe falasse para ele não ficar brincando com isso
– pois se um dia ele realmente precisasse de ajuda, eles não acreditariam se
fosse verdade –, não adiantava. Denis gritava socorro em todo lugar. Uma vez
quando estavam passando na frente de uma delegacia Denis gritou socorro, e
todos os policias que estavam dentro do local saíram para ver o que estava
acontecendo.
Era domingo,
não um domingo normal, mas sim o dia dos pais, a família de Denis – seu pai,
sua mãe e suas duas irmãs –, estava empenhada em fazer o melhor almoço da
história do dia dos pais (pelo menos na família). Cada um havia recebido o
trabalho de fazer alguma coisa, menos Denis, ele era pequeno e sua mãe achou
melhor ele ficar lá no quarto dele, brincando e sem chama-los por motivo algum.
Denis ficou brincando no seu quarto, ele havia entendido que aquele era um dia
especial, então ele havia decidido não chamar sua mãe por motivo algum.
Denis estava
encima de sua cama brincando com um carrinho de bombeiros, até que ele se
cansou da brincadeira e jogou o objeto no chão, ele se deitou e ficou olhando
para o teto. De repente, sem que o garoto tivesse chance de fugir, um ser, não,
um monstro com as pernas curtas e os braços longos subiu encima dele. “Socorro mamãe, socorro” gritou Denis,
mas sua mãe não veio, ele havia sido “o garoto que gritou lobo” e tinha
percebido isso tarde demais.
O monstro
balançou sua longa cara como se quisesse dizer não, e então ele enfiou uma de
suas mãos na barriga do garoto e começou a beber o sangue que jorrava do local.
Quando acharam Denis já era tarde demais, seu corpo estava seco, e não acharam
evidencias de que alguma pessoa tivesse entrado escondido na casa.
Ps:Se for por brincadeira, não peça
socorro...
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