Se não fosse pela grande e amarela lua-cheia que brilhava no
céu naquela noite, eles estariam completamente no escuro.
Julieta havia
se esquecido de pegar uma lanterna e seu telefone havia descarregado – e é
claro, Romeu queria fazer com que tudo aquilo acontecesse ao natural, apenas a
noite e eles.
-Oh, minha amada – ele á abraçou e
beijou-lhe os lábios. – Nossos pais não aceitam nosso amor, e eu não
conseguirei viver em um mundo em que você não esteja ao meu lado. – Ele disse
enquanto se abaixava e ajoelhava, puxando-a com ele.
-Trouxe esse veneno – Julieta disse
tirando um frasco marrom de sua bolsa. – Não sei bem qual sua finalidade, mas
deve servir.
-E eu trouxe isso – ele tirou uma
faca de tamanho médio do bolso de trás de sua calça. – Se o veneno não servir
usamos a faca... E partiremos juntos, compartilhando nossa dor – ele a beija
novamente.
Tudo havia sido ideia de Romeu, como
seus pais não aceitavam o romance dos dois – apenas porque ela era filha da
empregada – ele teve a ideia de os dois partirem juntos, e deixar que seu amor
se tornasse história.
-Dê-me o veneno – ele disse tomando o
frasco da mão dela e deixando a faca cair no chão.
Rapidamente Romeu abriu o frasco e
tomou metade do liquido.
-Agora você, meu amor! – Ele estendeu
a mão com o vidro.
Julieta se inclinou em direção a
Romeu e rapidamente se abaixou, pegou a faca no chão e a enfiou no abdômen do
garoto, e então a retirou e o esfaqueou mais uma vez, e mais outra, e parou
depois da quarta.
Romeu olhou para ela espantado e caiu
no chão, dando seu último suspiro.
Julieta se levantou e limpou sua
calça.
-Já estava cansada de tanto
romantismo – disse em voz alta e saiu andando dali.
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