[...] Acordei me sentindo um pouco zonzo, minha cabeça doía, e pior, uma dor angustiante vinha dos meus puços e dos meus calcanhares, forcei a vista para que meus olhos enxergassem melhor, olhei para frente e vi uma pessoa em minha frente, pisquei e então vi, era a linda mulher dos olhos verdes, não entendi o que estava acontecendo, olhei em volta, estava em um galpão o coisa assim, só sei que esta tudo completamente imundo, ao dar a volta nos olhos olhando tudo vi meus braços, meus puços estavam amarrados com arame farpado, assim como os meus calcanhares, o que esta acontecendo, perguntei olhando para ela, soube o que era você assim que te olhei, ela me respondeu, disse que me seguiu logo depois que eu a deixei no hotel, e que viu tudo, que sabia o que eu era porque também era assim, e que agora eu deveria pagar pelo que fiz, por ter roubado sua vingança, ela me explicou que seu pai era um homem horrível, que por culpa dele ela se tornara assim, disse que o homem cruel havia matado seu amado irmão, ela disse também que estava a caminho da cidade para fazer o que estava tomando coragem a muito tempo, matar seu pai, ela falava, sabia que iria me matar, mas mesmo assim não consegui sentir raiva dela, seus olhos me encantavam, ela fazia um trabalho mais limpo do que eu, era como que se preparasse durante dias para fazer tal coisa, ou então estivesse a vida inteira preparada, ela deu a volta e apertou o arame em meus braços me fazendo gritar, devíamos esta bem longe da cidade para ela não se preocupar com meus gritos, ela brincava com a situação, ria enquanto eu gemia de dor, ela foi até uma pequena mesa ou sei lá o que, ela pegou alguns dos objetos encima da mesinha, era uma pequena faca, percebi o que ela estava indo fazer, estava indo me torturar, ela começou a passar a pequena faca em meu braço, forçando, e forçando até me corta, fez quatro cortes paralelos, que mais pareciam unhadas de gatos, ela cortou meu rosto, e logo em seguida meu peito, ela queria me deixar ferido antes de terminar o trabalho, ela estava feliz com aquilo, e isso me deixava feliz também, ela se virou e guardou a pequena faca, chegou a hora, a hora de ter o mesmo destino que minhas "diversões", ela pegou um pedaço de arame farpado que estava no chão, colocou em volta do meu pescoço delicadamente, me olhou nos olhos e começou a apertar, a dor vinha e aumentava a cada vez que ela apertava, então olhei nos seus olhos verde e morri, fui assassinado a sangue frio, assim como já fiz várias vezes, sofri o que fiz outros sofrerem, e quer saber? não me arrependo de ter feito o que fiz, morri de forma digna, a bela mulher de olhos verdes me deu a chance de morrer de uma forma que merece ser lembrada, de uma forma que pode ser chamada de sorte.
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