[...] Amanda subiu até o teto do carro e olhou em volta
procurando por uma pista que a levasse até Nícolas, enquanto olhava para o lado
de uma estrada que ia para fora da cidade uma sensação passou por seu corpo,
ela não podia explicar o que era como era ou então a intensidade disso, mas ela
sabia onde ela estava, ela lembrara que quando era guardiã das armas de Gabriel
ele a ensinara que os anjos podiam sentir um os sentimentos dos outros, mesmo
que eles tivessem a uma dimensão de distancia, agora ela podia explicar o que
sentira, era tudo os sentimentos de Nícolas, ele sentia medo, mais do que isso
ele sentia raiva, Amanda agora podia sentir pra que lado haviam levado ele, ele
balançou os ombros para um lado e para o outro e então suas longas asas se abriram, ela
começou a bate-las forte, mas sem sair do lugar, ela se preparou, dobrou as
pernas e então em uma ultima batida forte com as asas ela voou, suas asas
haviam batido com tanta força que o teto do carro amassou fazendo o para brisa
se partir em milhões de pedacinhos minúsculos, ela ia com toda rapidez que
podia. Enquanto voava por cima de uma rodovia uma dor lacerante tomou conta do
meio de suas asas, a dor era tão grande que ela quase teve que parar de
batê-las, quando ela voava encima de uma fazenda o sentimento bateu mais forte
em seu peito, ela soube que Nícolas e Veragro estavam ali, ela desceu e viu que
a fazenda estava abandonada, ela foi até o celeiro e conseguiu escuta-los, eles
gritavam perguntando a Nícolas onde ela estava, ela decidiu voar até uma
abertura que parecia uma janela no alto do local, quando chegou lá encima e
entrou no celeiro ela pode ver tudo o que estava acontecendo, Veragro estava
completamente amarrado pendurado no teto do local de cabeça para baixo, Nícolas
estava com os braços e pernas esticados amarrados com cordas, suas asas estavam
esticadas presas com ganchos que tinham perfurado fazendo sangrar, Amanda não
conteve a raiva e entrou no celeiro batendo suas asas fortes, os homens olharam
pra ela e ela pode ver como estavam, os olhos deles era completamente negros, a
carne de seus rostos estava perfurados e um fedor horrível tomava conta do
local, ela nunca tinha visto demônios, mas vê-los ali possuindo o corpo de
pessoas fez com que ela sentisse vontade de nunca vê-los em sua forma natural.
-Sabia que você
viria até mim – disse o mais alto, seus olhos eram mais sombrios que os dos
outros, ele deveria ser o líder.
-Você realmente acha
que eu vou ficar do seu lado? – ela disse olhando com os olhos em chamas para
ele.
-Se você não ficar
do meu lado eu vou ter que matar os dois – disse ele apontando para Nícolas e
Veragro.
Amanda olhou para
seu pai que estava desmaiado, e logo após olhou nos olhos de Nícolas, ele
parecia estar cansado, Use a relíquia dos
arcanjos, ele disse dentro de sua cabeça, ela enfiou a mão no bolso onde
havia guardado a moeda, ela apertou o abjeto em sua mão então viu que ela se
desfazia, pouco a pouco a metal parecia derreter, mas ao invés de cair no chão ele
começou a correr pelos dedos dela, pareciam anéis que percorriam toda a palma
de sua mão, a pequena parte de metal que estava no meio de sua mão começou a
correr pelo seu braço, parecia se multiplicar a cada centímetro do corpo que
percorria, sem demora o metal correu por todo seu corpo e se moldou em uma
armadura amarela que reluzia sem precisar da ajuda do brilho de uma luz, por
final uma espada apareceu em sua mão, ela era bem maior do que a espada que
Nícolas havia dado para que eles treinassem. Ela olhou para os demônios e os
atacou, quando o caminho estava livre ela cortou as cordas liberando Nícolas
para tirar suas asas do gancho, ela tirou um pequeno pedaço de metal prateado
de sua espada e o entregou, ele segurou o metal com força em sua mão e sentiu
um poder enorme tomar conta de seu corpo, uma armadura prateada tomou conta de
seu corpo assim como havia acontecido com Amanda, ele se virou ficando do lado
dela e então começara, a espada dela cortava o corpo deles sem nenhuma
dificuldade, assim também fazia a espada de Nícolas, Amanda então bateu suas
asas e deu uma volta no ar, ela apontou a espada para um grupo de demônios que
estava tentando fugir e uma chama enorme saiu da espada fazendo com que todos eles
queimassem, do meio dos corpos jogados no chão começou a sair uma fumaça
escura, Nícolas enfiou sua espada no chão e uma grande vala se abriu, a fumaça
foi sugada para dentro do grande buraco e então a abertura se fechou, Amanda
libertou seu pai e logo eles saíram do celeiro que começava a pegar fogo, o
metal em volta do corpo dos dois se desfez e voltou apenas a forma de moedas,
Amanda voou ao lado de Nícolas e deixou Veragro em um hospital, ela foi embora
do local deixando seu pai, pois ela sabia que algo muito maior estava por vir.
"Este conto é dedicado a Amanda Sampaio, pois foi ela que me inspirou a criar os personagens"
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