Anjos não caem, eles revelam seus poderes (Parte 2)

[...] Amanda se sentou no chão sujo e começou a chorar, não porque seu pai estava em perigo, mas sim por raiva dos demônios que o haviam levado.
  -Por que eles estão atrás de mim – ela perguntou a Nícolas.
  -A guerra entre o céu e o inferno esta próxima, e eles estão atrás dos anjos caídos, procurando por reforço – respondeu ele.
  -Como eu resgato meu pai?
  -Mais sedo ou mais tarde eles vão procurar por você, eles farão de tudo pra ter o anjo que era o guardião das armas de Gabriel, você Amanda.
  -Mas eu não me lembro de nenhum de seus ensinamentos, eu me esqueci como se luta Nícolas, eu nem mesmo consigo sentir minhas asas.
  -Eu posso te ajudar, vou te ensinar tudo que aprendi depois que você desceu.
   Ele segurou na mão dela a ajudando a se levantar, ela saiu da casa chorando, se lembrando dos momentos que passou com Veragro.
   No dia seguinte Amanda seguiu Nícolas com o carro, ele estava voando tão alto que o sol quase a impedia de velo; ele então desceu, o lugar estava completamente deserto casas abandonadas estavam por todo lado, o lugar não parecia já ter sido o lar de alguém um dia, era como se ali já estivesse esquecido há muitos anos; ela saiu do carro devagar olhou o lugar com cuidado esperando que algo pudesse vim de um esconderijo e ataca-la.
  -Que lugar é esse? – ela perguntou desconfiada.
  -Um anjo caído vivia há muito tempo aqui em paz, ele havia decidido não se preocupar mais com o mundo espiritual, mas os demônios o encontraram e mataram todos até que ele se rendesse e ficasse do lado deles.
  -Por que você escolheu aqui para me ensinar?
  -Porque aqui ninguém vai poder nos ouvir, está pronta pra começar? – Amanda assentiu com a cabeça e ele se preparou.
   Nícolas abriu as asas, mas não voou, ele as bateu forte fazendo um forte vento, Amanda teve que fechar os olhos por causa da poeira que vinha em sua direção, o vento parou e ela abriu os olhos, mas ele não estava lá, ela correu até uma casa para procurá-lo, mas ele não estava lá, ela saiu da casa e correu e sem ela perceber ele chegou voando e a derrubou com seus pés, Nícolas tirou uma espada prata que estava em uma bainha presa em seu sinto e a entregou Isso talvez possa te ajudar, disse ele olhando em seus olhos – os anjos podiam se comunicar apenas olhando uns nos olhos do outro -, ela segurou a espada com força e se levantou rápido, ela balançou a espada na direção de Nícolas, mas ele se afastava rápido e ela não conseguia atingi-lo.
  -Tente abrir suas asas Amanda – disse ele dando um salto pra cima dela – tente abrir sua aura – todo anjo tinha uma aura especial, quando um anjo caia essa aura se fechava.
   Ela correu balançando a espada com força na direção nele dando gritos explosivos, então a espada caiu no chão e ela gritou de dor, seu corpo caiu no chão se contorcendo, Nícolas deu a volta e olhou, a blusa de Amanda se rasgava enquanto as asas se desprendiam dando estalos, ela se levantou e deu um grito pro céu, suas asas se abrirão completamente, o par de asas brancos e felpudos começou a se mover e ela voou em direção ao céu límpido, ele correu e voou atrás dela, quando os dois voavam na mesma altura ele jogou para ela a espada que ela deixou cair quando suas asas se libertavam, agora os dois tinham a mesma força, a aura dela havia se libertado junto com suas habilidades, dessa vez ele veio contra ela, Amanda fechou as asas em volta do corpo e a espada de Nícolas bateram contra elas, mas as asas de um anjo são lindas e fortes como aço celestial, ela bateu as asas e voou por cima dele jogando a espada pra cima dele, Nícolas protegeu o rosto com sua espada, ela era dourada como a luz do sol e tão forte quanto a de Amanda, ela bateu a asas pra trás forçando o corpo dele para baixo, ele caiu no chão e ela pisou em cima de seu tórax forçando ele a ficar ofegante, ele sorriu pra ela e levantou a mão para que ela o ajudasse a se levantar, quando ela segurou em sua mão ele a puxou fazendo com que ela caísse no chão ao seu lado ainda com as asas abertas, ele ficou encima dela e a beijou sem conter o desejo que guardava há anos.
  -Pronta pra outra? – ele perguntou.
  -Eu que te pergunto, Nico – disse ela debochando.
   Ele se levantou e esticou o braço para ajudá-la a se levantar, mas ela se esticou e se levantou sozinha, quando estava de pé ela deu um beijo em sua bochecha e bateu a asas com tanta força que fez ele balançar, ele voou atrás dela e quando estavam na mesma altura o segundo round começou, Nícolas começou ganhando, mas assim como na primeira vez ela conseguiu vence-lo, eles continuaram assim até o sol se por.
  -você acha que vou conseguir lutar contra eles – ela perguntou.
  -Não se preocupe com isso Amanda – ele disse enquanto revirava o bolso de sua calça jeans descorada, ele tirou uma pequena moeda dourada do bolso e entregou para ela.
  -O que é isso?
  -Isso é uma relíquia de arcanjo, Gabriel me deu quando eu disse que iria descer para te ajudar, ele ainda se preocupa muito com você Amanda.
  -E como eu irei usar esse tipo de moeda? – disse ela tentando conter a lembrança de seu mestre, o grande arcanjo.
  -Ele disse que quando chegar à hora você saberá.
  -Como eu saberei que esta na hora?
  -Eles virão atrás de você.
  -Acho melhor eu ir embora, amanhã será um longo dia – ela disse enquanto se aproximava para um ultimo beijo – você vai agora?
  -Não, acho que vou ficar aqui mais um tempo, pensando.
   Ela recolheu as asas - era incrível como elas se encolhiam e se escondiam em meio a pele -, e entrou no carro, deu ré e então foi embora olhando a visão do belo anjo se despedindo dela; quando estava longe da cidade ela olhou novamente pelo retrovisor e viu uma explosão vindo da cidade, ela virou o carro e volto em alta velocidade, quando ela chegou lá gritou o nome dele, mas ele não estava, quando se aproximou do local onde o vira pela ultima vez viu um pena cinza claro, tão longa quanto as das asas dela, eram das belas asas de seu amado, ela pegou a pena e segurou em seu peito, seu rosto corou, e uma lagrima de raiva saiu de seus olhos.
  -Eu irei te salvar Nícolas, você e Veragro, eu juro...


Comentários