Solar: Prólogo

                                              Prólogo 

  Um eclipse solar estava começando, era somente de poucos minutos, mas era uma das poucas chances que ele tinha de ver sua amada, era uma das poucas chances que o sol tinha para se encontrar com sua amada, a lua.
  Na tão famosa dimensão humana, isso nunca poderia acontecer, o sol e a lua nunca poderiam se amar, mas eles não estavam na dimensão humana, estavam em Magistc, a terra dos feiticeiros, vampiros, lobisomens, torrentins(monstros subiterrâneos) e é claro as raras bruxas, seres tão poderosos, e sempre tinha que se rezar para uma recém-nascida não optar pelo lado negro de Magistc; quase me esquecia de falar dos filaucos, descendentes dos humanos.
  O sol tomou a sua forma humana, e correu em direção ao ponto de encontro com sua amada, ele foi o mais rápido possível e quando olhou na direção da velha e vivida arvore dos sonhos, lá estava ela, a lua, ela se virou em sua direção, e ele pode ver o brilho de seus olhos negros, ele a encontrou, a abraçou, passou a mão em seus longos cabelos azul-escuros, beijou sua testa, sua boca, ela tirou o cabelo loiro dele que estava grudado na testa por causa do suor, e então se entregou, eles se deitaram ao pé da arvore, e o amor falou mais alto, ele a beijou como se fosse a primeira e a última vez - e talvez seria, os feiticeiros de Abulain (um dos oito reinos de Magistc) eram contra o amor do sol e da lua, eram contra o amor, e fariam de tudo para impedi-los - os minutos se passaram e então chegou o último suspiro daquele que podia ser o último encontro, eles se levantaram, ele a beijou e a olhou com os olhos azuis cobertos de água .
-Não chore Louis -disse ela dizendo um dos nomes que ele havia ganhado dos magisticous- quero lembrar de seu rosto alegre, assim como no dia que nosso amor nasceu-terminou ela.
-Eu te amo Marbene - respondeu ele, e ela consentiu.
  Depois de um último beijo cada um foi para o seu lado, Louis tomou sua forma como estrela e voltou a iluminar o reino mágico.
  Já havia passado meses desde o seu último encontro com Louis, mas agora antes mesmo de um eclipse, Marbene teve que descer de seu altar, nesse noite a lua não brilharia, pois ela havia tido um filho, uma filha para ser mais preciso, mas ela não poderia ficar com a pequena recém-nascida, e teria de entrega-la a um filauco, para que ela pode-se crescer a salvo; Marbene se viu perdida no meio de Somtrerc,  2° reino de Magistc, o reino dos filaucos; ela viu uma casa com a porta e as janelas abertas, um homem estava sentado em uma mesa bebendo o que parecia ser água ardente, parecia triste, uma mulher estava na frente da casa, olhava o céu escuro, e chorava, Marbene se aproximou e a mulher limpou os olhos com as costas das mãos.
-Cuide da minha filha por favor, ela corre perigo - Pediu a lua em choros
a mulher agarrou a criança no colo balançou a cabeça dizendo que sim e sorriu, Marbene saiu correndo, iria volta para seu pedestal de luz, a mulher entrou correndo para dentro de casa, e ficou feliz em ter a criança contigo; enquanto isso o sol observava e chorava fazendo assim nascer uma nova estrela no céu.
                                               Fabrício Fonseca  

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