Pimenta vermelha, doce e crocante.

  E lá estava ela, a bela mulher que sempre me encantou, usava um vestido vermelho justo, uma flor rosa estava entre os seus cabelos castanhos, depois de tanto tempo desconversando comigo mesmo tive coragem de convida-la para sair, já eram meio dia, eu estava atrasado, e estava com medo, derre pente avistei um homem que deveria ser um ano mais velho que ela, ele a abraçou, a beijou na bochecha, e sentou ao seu lado, eles conversavam como que se  se tivessem muito em comum, tudo estava perdido para mim, ela era comprometida,talvez tivesse aceitado o meu pedido apenas por ser educada.
  Tinha que escolher, ou desistia de tudo, do encontro, de ter sua companhia por uma tarde inteira, ou iria até lá e podia me divertir, mesmo que fosse por pouco tempo; estava decidido, teria pelo menos um pouco de tempo de alegria, sai do carro e fui em sua direção, ela se levantou para me receber, me deu um meio abraço, beijou minhas bochechas como sinal de respeito, e então me apresentou ao homem, ao seu irmão, que falta de pensamento a minha, ela me contou tudo, eles haviam se encontrado por coincidência, e ele havia ficado lá com ela enquanto me esperava, gritava de alegria por dentro, ele foi embora logo em seguida, nos deixou, almoçamos, nos divertimos, aquela bela mulher, aquela deliciosa pimenta doce e crocante realmente estava interessada em mim, e assim se passou o tempo, e vários almoços e jantares vieram, mostrando que nem toda pimenta arde, tudo depende da safra...
                                                  Fabrício Fonseca

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