Morte, tão solitária morte.

  Estou dentro de um caixão, sim estou morto, frio, sozinho, solitário, morri enquanto desistia de um suicídio, iria pular da ponte, entregar minha vida a Poseidon, ou a sei lá quem é o dono do mar, eu não gostava da minha vida, eu tinha dinheiro,  podia comprar tudo o que quisesse, mas era solitário, as poucas pessoas que me rodeavam só estavam interessadas no que eu tinha, e assim a solidão se instalou, em um belo dia decide que a vida não fazia mais sentido, sai de casa e fui para a ponte mais alta da cidade, iria pular sem pensar duas vezes, quando preparei para pular uma voz me chamou, uma voz  fria e gélida, me virei então vi a face do ser que iri me buscar, a morte, ela me olhava de forma feroz, seus olhos vermelhos me vigiavam como que se eu tentasse fugir, ela começou a falar, disse que não iria me levar, porque eu não era uma pessoa solitária, mas ela sim era, disse que tinha que vagar pelas terras mais longínquas, vivenciando apenas o pior das pessoas, e o sofrimento daqueles que os rodeavam, disse que eu não deveria sofrer apenas pelos poucos que não me entendiam ou então não se importavam comigo, disse que eu deveria procurar pelas pessoas certas, pois a solidão é apenas guardada para aquela que gerava a solidão, a morte, então decide, iria aproveitar minha vida, a agradece, mas quando ia me virar e ir embora escorreguei e bate com a cabeça no meio fio, perdi minha vida naquele exato momento, perdi minha vida sem nenhuma emoção, perdi minha vida de uma forma que não merece ser lembrada, mas hoje eu não vivo sozinho, vago pelas terras ao lado daquela que me deu a amizade verdadeira a Morte, tão solitária morte

 (Um recado, irei liberar aqui no blog a primeira parte do primeiro capitulo  de "Solar: descoberta" no meio do mês que vem) 

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