Etaks vs. Olcic (Parte 1)

Marco Os flexionou seu corpo para frente fazendo com que sua prancha flutuante voasse um pouco mais depressa. Ele sobrevoou um falso jardim coberto por flores falsas de pétalas brancas e, então, começou a parar. Faltavam poucos minutos para que o dia realmente começasse, poucos minutos para que o sol nascesse. Era sábado, o único dia que Marco podia sair de sua casa às cinco horas da manhã pra ver o sol. Ele estava na beira de um penhasco que dava direto para o mar, estava esperando que seus amigos da Aldeia Etaks chegassem.
            Assim que o sol começou a aparecer Marco viu seus amigos se aproximando com suas pranchas flutuantes. Aquela era a única hora do dia em que se podia ver o sol, durante todo o resto do dia toda a poluição escondia o sol, e eles viviam seus dias nublados. Do seu lado estava Teper, seu melhor amigo. Os outros cinco que estavam mais Teper era só mais alguns amigos da escola.
            Marco respirou fundo quando o brilho do sol se tornou mais intenso, ele desceu da prancha e a segurou próximo a cintura e fechou os olhos pra sentir o calor do sol em seu rosto. Mas de repente Marco ouviu um barulho, ele abriu os olhos, rezou para que não fosse quem ele imaginava que fosse e então se virou. Marco não teve sorte, lá estava às últimas pessoas que ele desejava ver naquele momento, alguns membros da Aldeia Olcic. Eram sete garotos e uma garota. A garota era irmã de Jack, o líder do grupo, que acabava de descer da sua bicicleta voadora e vinha na direção de Marco.
            -Acho que vocês estão em território proibido, etakês! – Jack falou.
            -Todos sabem que todas as terras próximas ao mar são território livre – Teper falou, ele estava atrás de Marco.  
            - Todos sabem que todas as terras próximas ao mar blá-blá blá-blá – Jack forçou a voz para que ela ficasse aguda, fingindo que imitava Teper – Nós decidimos que essas terras são nossas, então vocês devem sair daqui.
            -Nós não vamos sair Jack, estamos em território livre – Marco falou um pouco alto, quase que gritando – e de qualquer forma chegamos aqui primeiro, então vocês devem sair.
            Jack soltou um rosnando como se fosse um cão e então avançou contra Marco, mas então Teper o puxou para trás e atravessou o caminho de Jack.
            As mãos de Jack bateram com toda força que ele tinha sobre o peito de Teper. O amigo de Marco cambaleou pra trás e caiu pelo penhasco.
            -Tep! – Marcou gritou pelo amigo.
            Marcou pulou encima da sua prancha e pegou a de Teper que estava no chão e então foi penhasco abaixo a toda a velocidade e antes que o corpo de seu amigo batesse contra as grandes rochas ele o entregou sua prancha e Tep começou a flutuar. Eles ligaram o super-jato das pranchas e então subiram. Quando chegaram lá em cima do penhasco depararam com o sorriso de sarcasmo de Jack.
            -Você infringiu uma das regras do tratado, Jack – Marco falou – você tentou matar um dos nossos. E isso não pode ficar assim.
            -Não diga Morca. Estou morrendo de medo – Jack falou, Marco odiava quando ele o chamava assim. – Vamos embora Ella. – Ele disse para a irmã, e acenou para seus amigos.
            Jack e seus amigos se viraram para ir embora.
            -O chefe da Aldeia dos Etaks ficará sabendo disso, Jack – Marco falou, e Jack soltou uma gargalhada alta. – Nós declararemos guerra aos olcics.
            Jack e seus amigos montaram em suas bicicletas flutuantes e saíram voando.

            Marco sentiu mais ódio de Jack naquele momento do que já havia sentido de qualquer coisa em sua vida.

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